domingo, 1 de maio de 2011

Tecnologia do DNA recombinante

Esta técnica é a base de todo o processo da criação de OGM. Tem como base vários elementos intervenientes no mesmo: Enzimas de restrição (cortam o DNA em pontos específicos (zonas de restrição) deixando extremidades coesivas; DNA ligases (ligam as extremidades coesivas deixadas pelas enzimas de restrição a sequências de DNA); Vectores (são usados para "transportar" o gene que se pretende para a célula hospedeira, tal como os plasmídeos)

Assim, para modificarmos o DNA de uma bactéria, retiramos um plasmídeo da mesma, utilizamos uma enzima de restrição para retirar a sequência de DNA desejada, a DNA ligase "cola" o gene que pretendemos utilizar no plasmídeo. Esse vector é então "absorvido" pela bactéria, recorrendo a várias técnicas, como a temperatura, replicando o seu DNA independentemente do DNA "original", podendo até ocorrer uma mistura dos dois.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Monsanto - A maior empresa de transgênicos


Companhia Monsanto é uma indústria multinacional de agricultura e biotecnologia. É a líder mundial na produção do herbicidaglifosato, vendido sob a marca Roundup. Também é, de longe, o produtor líder de sementes geneticamente modificadas (Transgênicos), respondendo por 70% a 100% do market share para variadas culturas. A Agracetus, subsidiária da Monsanto, se concentra na produção de soja Roundup Ready para o mercado. No Brasil, sua sede está instalada na cidade de São Paulo, e compreende também a indústria de sementes Agroceres. Em Setembro de 2007 a companhia comprou a Agroeste Sementes, uma empresa brasileira de sementes de milho, além de já possuir a brasileira Monsoy desde 1997. A Agroeste produz sementes para agricultores de todo o Brasil.
Sua política de empresa é:
  • Preencher as crescentes necessidades de alimentos e fibras
  • Preservar os recursos naturais
  • Melhorar o meio ambiente
Foi eleita pelo Great Place to Work Institute (GPTW) como a décima sexta melhor empresa para se trabalhar no Brasil.


Aqui têm o site desta empresa: http://www.monsanto.com.br/

sexta-feira, 18 de março de 2011

27 Ministros do Ambiente da Comunidade Europeia discutem o futuro dos OGM



Os ministros do Ambiente da União Europeia discutiram, esta segunda-feira, em Bruxelas, uma proposta de limite ou proibição do cultivo de organismos geneticamente modificados (OGM), que não recolhe a unanimidade entre os Estados-membros.
Em causa está uma proposta da Comissão Europeia para reformar o regime de autorização de produtos transgénicos, que dá uma maior liberdade aos Estados-membros para decidirem uma eventual proibição de cultivo de OGM no seu território.
A medida não se afigura, no entanto, consensual, merecendo a oposição de países como Espanha - o país europeu com maior superfície de cultivo de transgénicos -, França e Alemanha, que constituem uma «minoria de bloqueio» suficiente para inviabilizar a aprovação da proposta de Bruxelas.

terça-feira, 1 de março de 2011

Oposição dos portugueses contra os transgénicos

Foi publicado pela Comissão Europeia um novo levantamento do Eurobarómetro com dados de 2010 relativos à posição dos consumidores dos vários Estados-Membros face a diferentes tecnologias, entre as quais os alimentos transgénicos. 
No gráfico abaixo mostra-se a evolução do sentir público, tal como descrita pelo Eurobarómetro. A azul está a situação portuguesa. A vermelho, para referência, mostra-se a situação francesa. Curiosamente o ano de 1999, onde se verificou um pico de desagrado, foi também o único ano em que se cultivou milho transgénico em Portugal no último século. Desde 2005 até agora, precisamente quando o cultivo de transgénicos recomeçou em Portugal, é muito significativa a subida da desaprovação nacional.


terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Vacinas Comestíveis

No início da década de 90, Charles Arntzen, do Texas A&M University, imaginou uma forma de combater a falta de acesso às vacinas mais importantes como contra a difteria, tuberculose, tétano e poliomielite, de uma maneira muito barata e eficaz. Observou, durante uma visita a Bangkok, uma mãe tentando introduzir um pedaço de banana no seu filho já falecido. Pensou que a solução fosse talvez preparar alimentos geneticamente modificados, capazes de produzir vacinas. Bananas, batatas ou tomates que, ao serem consumidos, estariam provindo o organismo com as inoculações necessárias.

As vantagens seriam enormes: as plantas poderiam crescer no local onde fossem necessárias, sem muitos custos. Os problemas logísticos, económicos e políticos, comummente relacionados à distribuição normal de vacinas, também seriam minimizados. E, ainda, estas vacinas não requeriam seringas que, além de serem caras e causarem medos, podem ser contaminadas. Não necessitam de ser refrigeradas, pois o alimento protege as proteínas da degradação. E, dentro das células vegetais, as vacinas encontram-se protegidas do suco gástrico, sendo libertadas gradualmente já no intestino delgado.

Após 10 anos de estudos e testes, os resultados são promissores, as vacinas comestíveis podem funcionar. Entretanto, há ainda um pouco receio dentro da comunidade científica: existe especulação de que estas vacinas poderiam suprimir a auto-imunidade - fazendo com que as defesas do corpo ataquem, por engano, células sadias. Doenças como a diabetes tipo I e outras são associadas com desordens na auto-imunidade.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Nova praga devido a cultivo de milho transgénico

Nos Estados Unidos, o milho geneticamente modificado do tipo Bt-Cry1Ab (que produz uma determinada toxina insecticida, como o MON 810 que é cultivado em Portugal) está a ser infestado por uma nova praga, o "western bean cutworm" (Striacosta albicosta), um tipo de lagarta-de-rosca. Os problemas começaram a ser observados no ano 2000. Historicamente esta lagarta estava confinada a regiões muito limitadas do Oeste americano e não tinha impacto significativo no milho. Mas na última década este insecto alastrou para o Iowa, Minnesota, Illinois, Missouri, Indiana e Wisconsin e já está a causar impacto económico. Em 2009 foi detectado pela primeira vez no Canadá.
De acordo com a literatura científica, trata-se de um exemplo de "substituição de pragas", algo que também se verifica na agricultura intensiva com forte uso de pesticidas. Ou seja, ao eliminar um insecto (por causa da produção de Bt na planta transgénica), fica livre um "espaço" que depois é ocupado por um insecto de outra espécie, um concorrente. Porque o milho transgénico está a ser cultivado em vastíssimas áreas do território americano, esta lagarta-de-rosca está a espalhar-se na mesma proporção. A lição? Algo do género "tapou-se um buraco para abrir outro maior..."